Dublin Castle - Irlanda
(Foto de Arquivo Pessoal)
Organizei
uma lista com 5 ítens que eu considero o começo de um bom planejamento para o
intercâmbio. Essas são informações para estudar inglês. Para graduação, o papo é outro e eu ainda não conheço. É apenas o meu ponto de vista, alguns o farão por outros caminhos
ou talvez sem muito planejamento, o que é totalmente aceitável por essa ser uma
experiência individual. Lembrando também que quando falo desses ítens, está
baseado na minha experiência, intercâmbio de 1 ano na Irlanda, a linda ilha esmeralda. Algumas informações podem mudar se a viagem for mais curta, inclusive as viagens com prazo inferior
a 3 meses.
Uma
dica para quem já consegue se comunicar no idioma que pretende estudar, se sua
opção é pagar uma escola no país destino, contrate uma escola diretamente. É totalmente dispensável fazer com uma agência. Pesquise e escolha entre as
escolas que possuem os certificados necessários. E aí nesse caso vai precisar
fazer tudo por conta própria, escola, passagem e hospedagem nas primeiras semanas. Talvez só a escola e passagem, porque por vezes a escola já organiza o esquema de hospedagem, geralmente para as primeiras semanas. Super tranquilo.
Algumas
das minhas dicas foram aplicadas por mim na prática, outras eu cheguei á
conclusão que deveria ter feito.
Here we go!
Here we go!
1
– CLIMA
Acredito
que o clima é a primeira coisa a ser levada em consideração, para depois daí, pensar
nas próximas etapas. O clima do lugar talvez seja o ponto mais importante. Bem,
antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que minha tolerância ou não ao frio
estão ligadas aos lugares onde morei obviamente, nordeste e sudeste. Viver em
um lugar, onde a temperatura fica em média 10º, já seria bem frio para mim.
Algumas
pessoas simplesmente não se importam se tá frio ou calor, se tem praia ou não; mas
para o outro grupo de pessoas, não pensar que tipo de vida você terá num país
muito frio ou muito quente, pode gerar algum desconforto, embora eu também
saiba que o corpo se adapta. Dublin, por exemplo, é um lugar que chove frequentemente,
várias vezes ao dia. A Irlanda também é um país ventoso, alguns ventos em torno
de 50km/h. E não necessariamente o tempo tem aquela cara de “vem chuva aí”, não.
Ás vezes tá bem solzão. São em média 250 dias por ano chovendo, logo, se tornou
muito importante eu considerar essa frequência quando estava decidindo morar
lá, importante avaliar com cuidado o clima em um país, se a decisão é morar por mais de 3 meses, porque, como é o caso de Dublin, pode se tornar extremamente incômodo ter frio, chuva e vento,
assim, tudo junto.
Tive
maravilhosos momentos morando no frio, sempre quis passar por essa experiência,
embora a Irlanda não seja tão fria comparada ao Canadá, por exemplo. Porém algumas
vezes, eu senti muita saudade da praia e de cachoeira. Em fevereiro de 2016 quando estava
saindo de casa as 7h, fui surpreendida com uma cidade coberta de neve, mas não
é habitual ter neve na capital.
Aprendi
a praticidade de não usar guarda-chuva e sim casacos impermeáveis com capuz. Aliás,
não se vive sem esses casacos na Irlanda, eles são parte da sua vida. A rotina diária
inclui sempre ter luvas, cachecol e toca na mochila. A minha impressão,
é que os dias com sol eram os dias mais felizes da vida, o programa ao ar livre
com temperatura acima de 15º tinha outra cara, outro sentimento, maravilhoso.
St. Stephen's Green
(Foto de Arquivo Pessoal)
2
– IDIOMA
O
próximo passo é decidir que língua você quer aprender e que tipo de cultura
você deseja absorver. Você vai precisar ter disciplina para estudar, vai falar
o mesmo idioma todos os dias, então é importante fazer a escolha optando por
uma língua que você goste, não tem jeito. São inúmeras situações, desde a
simples leitura do rótulo de um produto no mercado, como puxar conversa com
alguém e até resolver problemas de banco. Resolver questões suas em outro idioma,
impõe certa pressão, consequentemente são fatores que te ajudam a caminhar para
a fluência.
Os
irlandeses são tipicamente simpáticos e amáveis, uma dica que recebi e tentei
pôr em prática em alguns momentos, era tentar conversar com algum desconhecido
todos os dias, logo, puxar conversa com um nativo era sempre muito fácil e
agradável. Uma vez conversando com um irlandês na estação do metrô, questionei
porque ele não tinha aquele sotaque típico dos irlandeses, e ele me respondeu
que quando percebia que conversava com algum estrangeiro, ele costumava falar
sem sotaque, de maneira mais clara para facilitar. Fofo ele.
Trinity College
(Foto de Arquivo Pessoal)
(Foto de Arquivo Pessoal)
3
– ONDE MORAR
O
assunto moradia é outro ponto muito importante. É necessário ter noção quanto
você vai gastar por mês com moradia e se vai gastar, se você consegue dividir o quarto com 1, 4, ou 8 pessoas ou se prefere quarto individual, se vai morar
no centro, em outros bairros ou fora da capital, e se consegue
levar numa boa a convivência com desconhecidos, com outros estudantes na mesma
casa. Digo isso, porque intercâmbio não é coisa só de adolescente que terminou
o ensino médio. Existem pessoas mais maduras que também decidiram estudar, e fatalmente tinham estilos de vida mais independentes. Existem outras
opções, como morar com uma família nativa, morar em hostel por troca de
trabalho, ou até morar em outros lugares onde você vai prestar serviço. Eu passei por essa experiência, e acredito, essa é uma decisão individual, de
acordo com as questões de privacidade e financeiras de cada um.
Em
Dublin, procurar um lugar para alugar, por vezes, me pareceu uma verdadeira
caça ao tesouro. Semelhante à procura por emprego lá, tremendamente trabalhoso.
Existe um comércio informal em torno disso que, geralmente funciona em grupos
de brasileiros na rede social. Algumas opções muito boas e outras bem precárias ou disputadas. Se você optar em pagar seu próprio aluguel, sugiro, se possível for, que você tenha
uma grana guardada para o tempo do seu visto ou pelo tempo que você pretende ficar,
lembrando que pode haver oscilações para mais, como valores para depósito, por
exemplo, cada vez que você precisar mudar. Geralmente em Dublin dependendo da
localização e do conforto, o preço de um quarto ou vaga pode variar entre 300 a
700 euros mais contas. Outra ótima opção é, se você não vai viajar sozinho, com
mais 1 ou 3 pessoas por exemplo, é possível que você consiga alugar um
apartamento com uma imobiliária local, eu imagino ser a opção mais confortável
já que você estará com pessoas conhecidas. É possível alugar formalmente um
apartamento se você estiver em duas pessoas, porém morar em Dublin não é nada
barato, então às vezes compensa você alugar um "quarto individual para casal" ou um flat do que pagar
rios de dinheiro por um apartamento inteiro, totalmente desnecessário este
gasto inicialmente. Se você tiver a oportunidade de tirar a preocupação “aluguel”
do seu intercâmbio, faça.
Lucan
(Foto de Arquivo Pessoal)
4
- COMO VAI SE SUSTENTAR
Tão
importante quanto o aluguel, é saber como você vai se sustentar durante este
tempo. Partindo do princípio que não haverá um patrocínio no Brasil, alguém que
te enviará dinheiro, você vai precisar trabalhar para viver. E ter um plano B, C
e D caso não consiga emprego. Quando falo emprego, na Irlanda o estudante pode trabalhar um determinado números de horas por semana legalmente. Outros países, outras leis.
Primeiro ponto, estude. Se você ainda não consegue se comunicar no idioma local, é mais difícil conseguir um emprego ou um bom emprego. Não é impossível, mas por via das dúvidas se dedique totalmente a aprender o idioma. Se você já consegue se comunicar, já pode tentar conseguir um emprego e esteja preparado para lavar muitos pratos. Os subempregos são bem cansativos, porém é o que tem para maioria. Mantenha o foco, seu objetivo é aprender o idioma e trabalhar vai te ajudar. E não esqueça de encarar isso como uma ótima oportunidade de aprender mais com a vida. “Ao fazer um trabalho que não imaginava, você aprende a respeitar todo tipo de profissional. Sua sensibilidade também aumenta, você aprende a se colocar no lugar dos outros e a ser mais educado.” ** Bem, eu poderia listar muitas vantagens sobre o subemprego, mas fica para um próximo post.
Primeiro ponto, estude. Se você ainda não consegue se comunicar no idioma local, é mais difícil conseguir um emprego ou um bom emprego. Não é impossível, mas por via das dúvidas se dedique totalmente a aprender o idioma. Se você já consegue se comunicar, já pode tentar conseguir um emprego e esteja preparado para lavar muitos pratos. Os subempregos são bem cansativos, porém é o que tem para maioria. Mantenha o foco, seu objetivo é aprender o idioma e trabalhar vai te ajudar. E não esqueça de encarar isso como uma ótima oportunidade de aprender mais com a vida. “Ao fazer um trabalho que não imaginava, você aprende a respeitar todo tipo de profissional. Sua sensibilidade também aumenta, você aprende a se colocar no lugar dos outros e a ser mais educado.” ** Bem, eu poderia listar muitas vantagens sobre o subemprego, mas fica para um próximo post.
Existe
também a possibilidade de, se você estiver na Europa, possuir passaporte vermelho (EU) e com inglês
fluente conseguir um emprego formal depois de um tempo.
Na
falta de emprego, se precisa de dinheiro, pense em algo que você seja bom no
Brasil, e consiga uma renda informalmente, como cabeleireiro, fotografia,
música, vendendo comida, fazendo drinks... algo que realmente vá gerar alguma
renda. Acho importante você ter prioridades, como estar na Europa e querer viajar para vários países, mas vai precisar economizar religiosamente em outras coisas.
E
por último, algo que considero importante, antes de viajar, crie uma maneira de receber dinheiro
da sua família caso seja necessário. Muitas coisas podem acontecer com o dinheiro que você carrega. Tenha uma segunda
opção, uma maneira de receber dinheiro numa emergência.
Dublin
(Foto de Arquivo Pessoal)
(Foto de Arquivo Pessoal)
5
- TENHA VONTADE DE APRENDER
Esteja
receptivo ao novo, e não falo só do idioma o qual você decidiu aprender. Eu
falo de se entregar a cultura e as pessoas.
Aprender sobre tudo. Ás vezes nós ficamos muito apegados a quem somos,
apegados ao “gosto” e “não gosto”, que se misturar com outros gostos pode
parecer uma perda de identidade, this is bullshit! Primeiro que eu acredito
que, a necessidade de ter uma identidade, precisa por vezes ser
avaliada; segundo, é o seu momento, não vai estragar isso apegado a conceitos
ou crises de identidade. Conheça a comida, a música, as leis, os lugares, as pessoas... aproveite a oportunidade e se envolva com tudo que
estiver ao seu redor, você só tem a ganhar.
Good travel!
Good travel!
Trinity College
(Foto de Arquivo Pessoal)
Para
conversar sobre este post ou sugerir outros temas:
Facebook: Suka Cruz
Twitter: @suka_bastos
Linkedin: Suzane Cruz
Linkedin: Suzane Cruz
**
http://www.nosnagringa.com.br/como-um-subemprego-no-exterior-vai-melhorar-sua-vida-de-6-jeitos-diferentes/
Nenhum comentário:
Postar um comentário